FOLHA CULTURAL PATAXÓ

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sábado, 22 de janeiro de 2011

SOL CÁLIDO

SOL CÁLIDO

Nem havia sol ainda
Apenas a madrugada adormecida
E o ferro de engomar
Já ia de um lado para o outro
Engomando o clima prisional
Sentimento temporal

Gotas de sal
Que caíam das cores turvas
Do armário
Salgando a neve
Que escurecia o refratário

Olhar cálido
Pousado nas linhas do vestido
Sol por nascer
Mais um dia na volta ao mundo
A escurecer

Liberdade que não se vê
Um relevo a esconder
Tudo que ainda está por nascer
Quando o dilúvio na tempestade de areia
Sobreviver

E deixar-se conhecer
Como apenas mais uma ilusão
Que impede o verdadeiro viver
Que também fará em vida
Simplesmente desaparecer


2 comentários:

  1. TUA POESIA É CLARA COMO O SOL, ILUMINA, QUIEIMA; É NECESSÁRIA À VIDA. pARABÉNS.

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  2. E que nasça logo tudo que ainda está por nascer!!
    Gostei muito do poema.
    Convido-lhe a dar uma passada no meu blog sobre mitologia grega:
    http://imperiodosdeuses.blogspot.com/
    Meu blog e livro são sobre mitologia grega, sou escritora.
    Um beijão,
    sarah Micucci

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