FOLHA CULTURAL PATAXÓ

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

UM LIVRO COMEMORATIVO SOBRE UMA TRAJETÓRIA POÉTICA DE 20 ANOS DA GAMBIARRA PROFANA!

  É com enorme prazer que trazemos um pequeno livro comemorativo sobre uma trajetória poética da Gambiarra Profana no contexto de Belford Roxo - RJ. Caminhando pelas décadas as nossas experiências entrecruzadas por tantas outras. Poetas, compositores, professores, estudantes, artistas, camelôs, animadores/as culturais, pedreiros, cabelereiras, entre muitos/as outros/as estiveram e ainda se fazem presente e participam do circuito da cultura popular nas mais variadas formas.

Desde de já, uma boa leitura!!!

Salve, salve Gambiarra Profana!!!

Clique AQUI!!!

Ou acesse o CRcode:

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

“Ferrugem no Papel, na Alma e no Ar”, 2004 - Fabiano Soares da Silva


16ª publicação da Folha Cultural Pataxó – No ano de 2004 é publicado o livro “Ferrugem no Papel, na Alma e no Ar” de Fabiano Soares da Silva. Primeira publicação de bolso, no formato 7,4cm x 10,5cm da Folha Cultural Pataxó. 

Registra-se no livro uma apresentação, um total de 8 (oito) poemas, pequena biografia, ilustrações do autor feitas a partir de gravuras e matriz de xilogravura. 

A Folha Cultural Pataxó organizava junto com o Centro de Cultura Proletária seu nº16 que era divulgado na contracapa final. 

O livro teve seu lançamento realizado na Praça da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro-RJ, com sarau, microfone aberto e coquetel. 

Entre os poemas podemos ler “Não Dá Mais Para Esperar”:

“Toda boca é vermelha
Quando beija ou quando ama
Ou quando grita a sua insatisfação.
Todo sangue é vermelho
Quando cai no chão ou não
Ou quando a vida é posta na palma da mão.
Todo sonho é incerto
Mas a certeza, o que é?
Por acaso a vida de José?
José não é leiteiro, talvez um carpinteiro
Mas José não é o que chamam o que é.
José é fraco!
Ao contrário de Maria
Que não morre nunca
Porque Maria não é uma mulher, é um conceito.
A estrada é vermelha
Da cor da boca, da cor da vida,
Da cor de sangue, da cor da manhã.
Sangue todo mundo tem
Ou não é todo, nem é mundo
Muito menos um sobrenome.
José já não é todo, nem é mundo
Não tem boca vermelha
Não tem o sangue vermelho,
Não Lê, não viaja,
Não ouve música, não vira a mesa,
Não acha graça de si.
Mas boca ele tem,
Pálida, seca, sem vida para cuspir uma mosca
Que em seus ouvidos lhe tira a vida”.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

“Se Eu Te Disser Um Poema”, 2003 - Fabiano Soares da Silva


15ª publicação da Folha Cultural Pataxó – O livro “Se Eu Te Disser Um Poema”, de Fabiano Soares da Silva, foi publicado em Fortaleza-CE em 2003. 


Encontra-se nesse livro doze poemas escritos em anos anteriores, dois apenas intitulados. Também há o registro de algumas ilustrações, uma nota na orelha do livro que contextualizava os poemas, uma apresentação, uma pequena biografia, uma fotografia e uma pequena errata. 

Na última página do livro, há uma divulgação da Folha Cultural Pataxó, cujo número referendava o Dia Internacional da Mulher, juntamente com a Coletânea Poética O Pão e a Fome. 

Nesse livro, diz um poema sem título:

“Quase perdi o entusiasmo,
E quase por um acaso
não consigo mais ver o que está a minha frente.
Perdi os óculos e a luta de frente.
Indo embora, não resta mais que o marasmo.
Um homem armado parou a Perimetral
Puxou uma pistola semi-automática
E surrou o motorista de um ônibus
Por ter encostado em seu carro velho.
Todos olhavam como eu, pasmos!
Mas não importa mais,
O caminho livre já está, livre!
Como livre são as grades que nos aprisionam.
Cansados, perplexos cada qual em seu caminho
Estúpido de suor e sem sentido,
Cheio de leis que nos tiram a vida,
Que nos tira a força de reagir e a capacidade de lutar.
Não quero a revolução morta, dos heróis mortos,
Já velei o meu enterro.
Quero seguir no leito e na força do rio
No meio do povo
Gritando com minha própria voz rouca
A canção das guerrilheiras apaixonadas
Não pensem que acabou
O coral dos jovens, dos velhos, das crianças.
Quero ver minha filha
Ou meu filho nascer antes do pôr do sol
Desfazendo as tranças da noite
Que esses homens fizeram para esconder teus cabelos.
Não me importa a hora, tem de ser agora!
Violentemos as raízes dos sonhos que estão no travesseiro
Não dá mais para segurar o dia terminar
Porque a vida não para de fazer a história pulsar
dentro de nós”.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

“Talmak” foi uma ideia de livro-revista em HQ, 2002 - Ronnie Martims e Eduardo Sampaio


14ª publicação da Folha Cultural Pataxó – Editado e diagramado em 2002 pela Folha Cultural Pataxó, “Talmak” foi uma ideia de livro-revista idealizada porRonnie Martims e Eduardo Sampaio. 

Neste livro/revista em quadrinho, a história ficcional de Talmak, um personagem que vai atravessar a narrativa de seus autores, assim como produzir movimentação no grupo Grupo Oitava Arte, onde mais outros seis jovens desenhistas e caricaturistas integravam. 

O livro contava com 32 páginas ilustradas, com papel de gramatura 80 por folha e capa colorida de 180 de gramatura. 

Editado, no Word98, foi reproduzido em uma impressora jato de tinta, da marca Xérox, de cartuchos separados onde era possível recarregá-los manualmente com uma seringa descartável de 3 ml. 

A revista foi montada com Fabiano Soares da Silva, juntamente com seus autores. Diagramação e editoração eletrônica, impressão e montagem/encadernação: Folha Cultural Pataxó; Desenhos de Ronnie Martins, elaboração da capa e editorial de Eduardo Sampaio Barboza; teve, também, a colaboração de Maurílio Jr. e apoio cultural do Centro Cultural de Integração Popular (Cecip). 

Em uma pequena apresentação Eduardo Sampaio Barboza dizia que a proposta do trabalho era:

“Tirar o leitor do lugar comum, imposto pelas grandes Editoras e levá-lo por outras paisagens, mostrar novas possibilidades. Acreditamos que, nem toda história, para ser interessante, precisa necessariamente ter um herói, um vilão, uma mocinha para salvar e muito menos um final feliz. E de que, um roteiro absurdamente complexo, não torna uma história legal.”

domingo, 16 de setembro de 2018

"O Pão e a Fome", 2002 - Coletânea Poética de poetas de Belford Roxo.


13ª publicação da Folha Cultural Pataxó – No ano de 2002, a Folha Cultural Pataxó publica a coletânea poética intitulada "O Pão e a Fome". O livro foi idealizado a partir da proposta do tema da miséria e pobreza. 

Assumia com o grupo Gambiarra Profana, o debate sobre essa questão social. Neste livro que se torna palco do encontro de Adão Nascimento Amorim,Fabiano Soares da Silva, Jonas Fagundes, Rosilene Jorge Ramos e Sergio Salles Oigers.

Apontava em sua apresentação os dados da Fundação Getúlio Vargas em que 53 milhões de brasileiros/as passavam fome, tendo em vista às políticas articuladas ao interesses internacionais. 

Neste livro, encontra-se poemas, um conto, uma pequena biografia de cada autor e algumas ilustrações retiradas de um programa que vinha de brinde na Revista CDROM comprada no calçadão de Nova Iguaçu.

A poesia sem título abaixo integra a coletânea poética e é de Rosilene Jorge dos Ramos: 

“O menino pede pão
e recebe um não…
O menino pede água
e escuta: ___ Passa!
O menino chora
e lhe enxotam rua afora
O menino vai andando desnorteado
E PÁ! É atropelado
Não há mais fome…
Não há mais sede…
E alguns espectadores dizem:
___ Ele partiu para um mundo melhor que este.
?”.

sábado, 15 de setembro de 2018

"Pedras, Poesias",2001 - Fabiano Soares da Silva

12ª publicação da Folha Cultural Pataxó – "Pedras, Poesias" de Fabiano Soares da Silva de 2001 – Livro publicado a partir de alguns poemas escrito entre 1997 a 2000, que ficaram perdidos entre rascunhos, além de alguns poemas escritos na primeira metade do ano de 2001. 

Em suas primeiras páginas o autor pergunta: “O que fiz de meus dias?”. Em seguida responde, em uma tentativa de justificar o título de seu livro: “Pedras... poesias”. 

Nesse pequeno livro encontram 22 (vinte e dois) poemas, cinco poemas sem títulos, o poema Instrumental, musicado por Sergio Salles Oigers, o poema Verão Carioca que fazia alusão ao vazamento de mais de 1,2 milhões de livros óleo de na Baía de Guanabara, em janeiro de 2000. 

O livro traz uma dedicatória, uma apresentação deRosilene Jorge Ramos, um posfácio e um registro do autor na Casa de Cultura de Nova Iguaçu, com algumas referências de publicações anteriores. 

Abaixo, um pouco do poema musicado:

“O que tinha a ti dizer
Palavras secretas
Portas abertas
Amanhecer.

A música instrumental
Teu riso colorido
Jardins floridos
O que é vital.

Amanhecer
Portas abertas
Palavras secretas
Feitas para você.

O que é vital
Jardins floridos
Coloridos risos teus
Música instrumental”.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

"O Pescador nº 2", 2000 - Adão Nascimento Amorim


11ª publicação da Folha Cultural Pataxó – No mesmo ano de 2000, Adão Nascimento Amorim, lançou o segundo livro de poema, chamado "O Pescador nº 2". 

Poeta, pintor de letra e morador de Belford Roxo. Reuniu seus poemas seguindo a mesma linha da concepção do primeiro livro. Resultando na seleção de 45 (quarenta e cinco) poemas, uma apresentação em forma de poema, folha de rosto com o título do livro e fotografia de seu perfil. Também havia na contracapa uma apresentação do autor. 

A edição desse livro se perdeu no acervo da Folha Cultural Pataxó e Gambiarra Profana, restando apenas a versão do miolo do livro em formato digital. 

Revisado por @Rosilene Jorge dos Rosilene Jorge Ramos, o livro foi editado junto com o autor. Diagramação e montagem feita por @FabianoFabiano Soares da Silva. Ao resgatar a versão digital, procurou-se manter a forma da original, no entanto, a capa foi refeita a partir de registros antigos. 

Em sua apresentação, dizia Adão Nascimento Amorim:

“Não consigo ser artista 
Embora pinto em tela. 
Sou é, egocêntrico e altruísta 
E jamais fiquei na janela. 

Não sei se o que faço é poesia 
Ajuntando palavras bonitas 
Às vezes penso ser heresia 
Botar pra fora o que o peito grita. 

Não fui pedreiro ou pintor 
Com os conhecimentos na mente. 
Ator, diretor ou professor 
Nunca fui passado na lente. 

Amigos tenho bastante, 
Ignorantes e inteligentes. 
Construo a paz constante 
E nunca fui negligente”.