FOLHA CULTURAL PATAXÓ
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Caminho.
É assim:
tem um rio de águas bravas a chutar a barriga de Rosa.
“A nova mulher” tenta renascer. Mas dói, como se uma lança atravessa-se o peito. Não tem música. Somente o soar do relógio da vida. Que já lhe deu muito tempo. Mas, agora não respeita a letargia, por falta de coragem.
Asas envolverão o frágil corpo. O pulso diminuiu as batidas. O silêncio a sufoca.
Pressente o período da transformação. Mas, no fundo, sabe o quanto precisa de distância dos mundos aos quais não pertence.
Há raízes em suas pernas. Move-se lentamente. Sente que o coração, retoma a direção de suas escolhas. Nesse singelo momento chorou e vomitou às mágoas que não admitia. Percebeu as asperezas, do tempo que fechou os olhos, para a força dos desejos dela.
Em algo semelhante, a uma prece. Despediu-se e lançou luz, para todos o que, a trataram de maneira profunda, sincera e carinhosa.
Ao desmaiar, a Terra acolhe e transforma-a em semente.
Após (re) aprender a conviver com a natureza. Para o espanto das Orquídeas. O Girassol retorna em silêncio, porém sã.
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