Um grupo de jovens seguia pela estrada de chão com destino a um pequeno sítio onde passariam um retiro durante uma semana, a noite era iluminada apenas pelas estrelas e pelo tímido luar, o silêncio era quebrado pelos grilos e pelas histórias que eram contadas pelos jovens na conversa durante a caminhada. Em certo ponto do caminho no lado direito da estrada viram um ponto branco bem no fundo. A pequena casa branca ficava lá, no fundo, um pouco longe da estrada, tinha portas e janelas verdes, do mesmo verde das folhagens, parecia que alguém estava assistindo tv, pois havia uma claridade, que saia pelas frestas da janela, não havia cerca e para chagar até a casa, um pequena trilha, as roupas, todas de homem secavam no varal,a chaminé soltava fumaça, no fundo um catavento que quase não podia ser visto pelos jovens que cruzavam a estrada, ficava escondido pela noite, bem mais no fundo, depois do catavento havia um pequeno riacho, onde podia-se pescar, passar o tempo, ouvir o murmúrio das águas, sempre limpas naquele pedaço, onde podia-se também sentir a natureza e a solidão dos dias e das noites.
- Quem vive num lugar desses deve ser muito feliz – disse um dos jovens para o outro ao seu lado
- Sim, deve ser muito bom viver num lugar assim, cheio de paz – respondeu o outro jovem
Arnoldo Pimentel
Esse conto faz parte da “Trilogia da Casinha Branca” caso o amigo(a) tenha um tempinho leia os outros dois nos links abaixo
ENQUANTO NOSFERATU PERCORRE A PAISAGEM DA SALA QUE FICOU ESQUECIDA NO VENTO
QUINTAL
É com certeza, bela Trilogia, cada uma com sua narração que nos faz presenciar a cena em pensamento. Beijinhos
ResponderExcluirLindo texto amigo acho que esse lugar tão lindo deve ser um cantinho no paraíso.
ResponderExcluirUm feliz final de semana beijos no coração.
Evanir.
a paz que procuramos por fora....
ResponderExcluirBj
Há certos lugares onde a beleza da natureza pode trazer alegria ou aguçar a saudade e a solidão. O encantamento da paisagem não é prejudicado pelas sensações que provoca e que dependem de uma sensação bem individual. Lindo! Bjs.
ResponderExcluirArnoldo,
ResponderExcluirmuito bom!
Esse diálogo final que parece simples, esconde muitas palavras nas entrelinhas.
Beijos
Oi Arnoldo
ResponderExcluirDescobrindo belezas suas em um novo espaço, adorei!
Descreveu um lugar de sonhos com fidelidade,
ter um lugar assim ouvindo o murmúrio das águas era tudo que queria rs
por ora tento ouvir os sons da cidade e transformo-os naquilo que sonho porque sonhos são só sonhos hem?
abraços abraços
Dá-le Arnoldo!
ResponderExcluirLindo lugar, repleto de beleza e paz.
ResponderExcluirbeijos amigo
cvb
Veja bem a paz está onde a esquecemos
ResponderExcluirLendo até me lembrei das caminhadas na estradinha de terra para catar pinhão
Bjos...
Me fez lembrar onde passamos doze dias: Arambaré (silêncio, natureza, ar puro, pesca, estradas de chão etc).
ResponderExcluirBeijos meus!
Arnoldo
ResponderExcluirAmei o seu conto.
Sua empatia com a natureza inspira haikais.
bjs.
Vida e morte, antes e depois,
ResponderExcluirfoi o que senti lendo tua trilogia.
Cada um dos textos, me fez viajar até
a tal casinha branca de janelas e portas
verdes, mas tambem me fez sentir tristeza.
A solidão quando é tida como meio de vida.
Ao perder sua amada a depressão o levou desta
vida tambem, mas não sem antes, se despedir da
tua morada de tantos anos, onde gozara de intensa
felicidade...Adorei! Parabens! Abraços