FOLHA CULTURAL PATAXÓ

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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

SINOS (Arnoldo Pimentel)


 SINOS
 Autor: Arnoldo Pimentel

São apenas os sinos que ouço
Enquanto caminho pela rua de baixo
Sempre os ouço pelas seis da manhã
No começo de um novo dia igual aos outros

É apenas uma igreja onde os sinos badalam
Onde todos se calam
Na tentativa de se encontrar
De encontrar

Nessas horas queria estar próximo ao mar
Mar de gelo
Mar de sal

Sentir o tom avermelhado
Do arrebol
Tocar de leve meu rosto
E colorir a areia da praia

Praia beijada pelas ondas
Abraçada pelo calor
Calor do fim da tarde sob o sol

Algum lugar onde eu pudesse apenas caminhar
Ver o vôo livre do condor
Não importando se ouço sinos
Ou onde estou

4 comentários:

  1. Amigo, às vezes precisamos transcender para viver o real. Adorei sua poesia! Bjos!

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  2. Fala Arnoldo, às vezes, as coisas não acontecem como esperávamos, os sinos tocam na hora errada, errado, às vezes, são os lugaram que a gente escolhe. Mas o importante não é o lugar, são as pessoas com que estamos na vida presente! Um grande abraço companheiro e amigo poeta!!!

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  3. Parabéns pelo poema.
    Os sinos possui na história da humanidade um papel marcante na formação das almas, não me refiro só no sentido religioso mas também no sentido político e até mesmo econômico.
    Um grande abraço.

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