FOLHA CULTURAL PATAXÓ
.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Sarau Donana
É neste sábado dia 25/08 apartir das 19:00 horas, mais uma edição do SARAU DONANA. Convidados Especiais: Lírian Tabosa (Poeta), Claudio Camillo (músico e compositor). Apresentação do grupo Pó de Poesia. E teremos exibição dos curtas: Toques de Sancofa, Entre Grades. Local: CCultural Donana, Rua Aguapei, 197, Piam, Belford Roxo. E lembre-se
e você faz parte desse encontro!
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Programação fresquinha como pão de padaria!
Ouça Samba, ao mundo com amor nº 03
http://radiocambiar.blogspot.com.br/
sábado, 11 de agosto de 2012
ALI PERTO EXISTE UM RIO (Postagem do dia dos pais)
ALI PERTO EXISTE UM RIO
Autor: Arnoldo Pimentel
O jantar
está na mesa – Disse a mãe
A família
sentou para o jantar, pai, mãe e o casal de filhos. A casa ficava num bairro da
pequena e acolhedora cidade.
- O
cheiro está ótimo, não é crianças? Disse o pai.
- Está
papai – Respondeu os filhos, o menino tinha uns 8 anos e a menina uns 7 anos.
- Vamos
agradecer a Deus – Disse a mãe.
Todos
abaixaram a cabeça e fecharam os olhos, o pai fez a oração agradecendo a Deus o
alimento e por estarem ali, depois começaram o jantar.
- Pai,
contaram na escola que o senhor estava na praça falando alto, para as pessoas –
Disse o menino.
- Eu soube aqui, antes das crianças chegarem
da escola, o que houve? – Perguntou a mãe.
- Mulher,
eu falei para ouvirem, e alguns irmãos ouviram, sobre nossos direitos.
- Eu
tenho medo pai – Disse a menina
- Pare
com isso, eles podem tudo – Disse a mulher ao marido.
O homem
ficou em silêncio, olhou pela janela da sala, a noite estava clara, a lua cheia
iluminava tudo, até a estrada de chão que se perdia no fim do olhar.
- O
cachorro está latindo, alguma coisa vai acontecer- Disse a mulher.
- Não se
preocupe, os tempos são outros – Disse o marido.
- Não são
– Disse a mulher.
- Não
podemos ficar quietos, temos que lutar por nossos direitos – Disse o marido.
As
crianças terminaram o jantar e ficaram no chão brincando.
- Eles
parecem achar que não nascemos na claridade do dia, que somos noite, que não
somos iguais, mas somos iguais – Disse o marido.
- Eu
quero muito ir embora daqui – Disse a mulher.
- Aqui é
nosso lugar, os ventos da primavera estão chegando e com eles a liberdade, a
igualdade, todo esse quadro que existe mudará – Disse o marido.
- Um dia todos poderemos viajar sentados no ônibus, não seremos obrigados a viajar em pé, um dia vamos andar nas calçadas, seremos aceitos e respeitados como qualquer cidadão, como qualquer pessoa - Continuou o marido.
- Um dia todos poderemos viajar sentados no ônibus, não seremos obrigados a viajar em pé, um dia vamos andar nas calçadas, seremos aceitos e respeitados como qualquer cidadão, como qualquer pessoa - Continuou o marido.
A mulher
olhou para ele, triste e disse:
- Isso
não vai mudar, isso nunca mudará.
- Está
tão claro lá fora – Disse o menino.
- É a lua
– Disse o pai
As
crianças levantaram e foram até a janela.
- Vi uns
vultos brancos lá fora – Disse a menina.
O menino
chegou na janela, olhou para fora, virou e chamou:
- Pai,
mãe.
- Fala
meu filho – Respondeu o pai.
O menino
soluçou e disse baixinho:
- Tem uma
cruz lá fora, perto da varanda, pegando fogo.
Arnoldo Pimentel
sábado, 4 de agosto de 2012
As asas da solidão roçam um coração
O ato de escrever ocorre por que dói...
Há pus, sangue, saliva e terra no vulcão,
que bombeiam o sentir.
sangue e vertigem, condensam o medo na madrugada;
desabototei o casaco da sanidade,
recai nas incógnitas temporais.
Seus olhos fecundaram meu caminho;
após seus lábios febris serpear os meus quadris.
sangue e vertigem, condensam o medo na madrugada;
desabototei o casaco da sanidade,
recai nas incógnitas temporais.
Seus olhos fecundaram meu caminho;
após seus lábios febris serpear os meus quadris.
Assinar:
Postagens (Atom)