FOLHA CULTURAL PATAXÓ

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Oh, palavras
punhais pungentes
lançados à terra
pelas mãos divinas
por que soprastes no homem
o dom da palavra, da fala?
Oh Deus meu ( e de todos)
devias ter feito-nos todos
                              surdos.
Os gestos são mais altaneiros
e verdadeiros
que as malditas
           benditas
           palavras
que, quando ditas, esvoaçam
como vendavais e tempestades
causando tragédias
como as vozes dos políticos
depois da posse.
                 
                 Jorge Medeiros

Um comentário:

  1. E as palavras nascem do pensamento, e como dizes esvoaçam ao vento. Benditas palavras, escritas. Lindo poema, realidade certa. Abraços.

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