FOLHA CULTURAL PATAXÓ

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sábado, 19 de maio de 2012

Márcio Rufino e a Dita



A Gambiarra Profana registra o poeta e ator Márcio Rufino declamando o poema Dita em plena praça do bairro Nova Aurora na cidade de Belford Roxo.
A Dita fala de coisas mal resolvidas em nossa sociedade, nossa política, nossa cultura, nossas emoções.

Câmera: Lenne Butterfly.
Edição de Vídeo: Sergio-SalleS-oigerS.

Dita
Márcio Rufino


Quando eu nasci a dita não era cuja e sim dura.
Aos poucos ela foi fingindo que amolecia,
Mas algo embaixo ainda ardia.
Hoje a dureza da dita está escondida, omitida,
Embutida nas línguas, nos sorrisos das titias da política
Nos bons-sensos dos patrões
Na proteção de alguns falsos guardiões.
Que a gente supere a sopa amarga;
O dinossauro na pele de sapo que a gente tem que engolir.
Todo o poema engavetado pelo dedo decepado,
Mas ainda em riste levantado pela dureza triste da dita.

Um comentário:

  1. Já o tinha visto no seu blog original! Deixo aqui também o meu elogio à essa poesia!

    Muita paz!

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