FOLHA CULTURAL PATAXÓ

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domingo, 29 de maio de 2011

MEDO


Ficou apenas o medo entre
As quatro paredes brancas
Totalmente brancas
O corpo nu e torturado
Com a alma violada
Ficou esperando
O anjo vir lhe buscar
Assim terminaria sua sina
Que começou
E se acabou
Quando quis ser livre
E poder voar

terça-feira, 24 de maio de 2011

Restou juntar
os restos soprados
pelo vento do passado
catei os mil pedaços
silenciosamente
eram vias, eram veias,
eram vultos e olhares.
Os vestígios desordenaram
a coreografia do meu ser
e surgiram depressões,
alergias, dopaminas,
e, mesmo assim,
o coração pulsava
querendo enganar-me
novamente.

Jorge Medeiros
(22-04-2011 - 01:25h)
O amor é ausência
em sua plenitude
Há corpos, gemidos,
palavras fartas e fáceis

O amor é opaco
sem verdade inteira
só possui doces sussurros
e orgasmos esparsos,
só, mais nada,
nem um verso,
nem poesia.

Duda Aurora

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Rio Antigo

Estou preso num passado
não vivido
Não pertenço
a este lugar incomum
O batidão do funck
não só atormenta
o meu coração
desconecta a minha
razão
Não vejo sintonia
nem harmonia
nessa vidinha cotidiana
Tudo passa em flash
na televisão
e na memória humana
Prefiro revirar o passado
não vivido
olhando as fotos
do Rio antigo.

Jorge Medeiros
(21-04-2011 - 21:19h)