FOLHA CULTURAL PATAXÓ

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

CELA 4X4

Minha cela não é de apenas 4x4
É muito maior que até onde
Alcançam meus braços
Mais infinita que o próprio espaço

Que a própria solidão
Que invade a vida
Daqueles que não tem nem mesmo
Um pedaço de pão

Minha cela é menor que o 4x4
Do meu quarto
Mais sombria que meu desabafo

Que o escarro do poder
Quando tortura um corpo
Politicamente depravado

Minha cela é apenas
O meu doce querer
De ser livre
Enquanto aqui viver
E ser livre depois
Que morrer

3 comentários:

  1. Quanta força!!! A prisão do homem é sua própria mente, sua própria vontade.

    Lindo demais ♥

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  2. Arnoldo,
    Que poema maravilhoso! o último estrofe é realmente lindo.
    Parabéns.
    Bjs.

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  3. Quem, em algum momento da vida já não se sentiu em uma cela não é mesmo? Adorei a primeira estrofe. Já sigo este blog. Uma boa noite para vc amigo.

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