FOLHA CULTURAL PATAXÓ

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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

“Ferrugem no Papel, na Alma e no Ar”, 2004 - Fabiano Soares da Silva


16ª publicação da Folha Cultural Pataxó – No ano de 2004 é publicado o livro “Ferrugem no Papel, na Alma e no Ar” de Fabiano Soares da Silva. Primeira publicação de bolso, no formato 7,4cm x 10,5cm da Folha Cultural Pataxó. 

Registra-se no livro uma apresentação, um total de 8 (oito) poemas, pequena biografia, ilustrações do autor feitas a partir de gravuras e matriz de xilogravura. 

A Folha Cultural Pataxó organizava junto com o Centro de Cultura Proletária seu nº16 que era divulgado na contracapa final. 

O livro teve seu lançamento realizado na Praça da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro-RJ, com sarau, microfone aberto e coquetel. 

Entre os poemas podemos ler “Não Dá Mais Para Esperar”:

“Toda boca é vermelha
Quando beija ou quando ama
Ou quando grita a sua insatisfação.
Todo sangue é vermelho
Quando cai no chão ou não
Ou quando a vida é posta na palma da mão.
Todo sonho é incerto
Mas a certeza, o que é?
Por acaso a vida de José?
José não é leiteiro, talvez um carpinteiro
Mas José não é o que chamam o que é.
José é fraco!
Ao contrário de Maria
Que não morre nunca
Porque Maria não é uma mulher, é um conceito.
A estrada é vermelha
Da cor da boca, da cor da vida,
Da cor de sangue, da cor da manhã.
Sangue todo mundo tem
Ou não é todo, nem é mundo
Muito menos um sobrenome.
José já não é todo, nem é mundo
Não tem boca vermelha
Não tem o sangue vermelho,
Não Lê, não viaja,
Não ouve música, não vira a mesa,
Não acha graça de si.
Mas boca ele tem,
Pálida, seca, sem vida para cuspir uma mosca
Que em seus ouvidos lhe tira a vida”.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

“Se Eu Te Disser Um Poema”, 2003 - Fabiano Soares da Silva


15ª publicação da Folha Cultural Pataxó – O livro “Se Eu Te Disser Um Poema”, de Fabiano Soares da Silva, foi publicado em Fortaleza-CE em 2003. 


Encontra-se nesse livro doze poemas escritos em anos anteriores, dois apenas intitulados. Também há o registro de algumas ilustrações, uma nota na orelha do livro que contextualizava os poemas, uma apresentação, uma pequena biografia, uma fotografia e uma pequena errata. 

Na última página do livro, há uma divulgação da Folha Cultural Pataxó, cujo número referendava o Dia Internacional da Mulher, juntamente com a Coletânea Poética O Pão e a Fome. 

Nesse livro, diz um poema sem título:

“Quase perdi o entusiasmo,
E quase por um acaso
não consigo mais ver o que está a minha frente.
Perdi os óculos e a luta de frente.
Indo embora, não resta mais que o marasmo.
Um homem armado parou a Perimetral
Puxou uma pistola semi-automática
E surrou o motorista de um ônibus
Por ter encostado em seu carro velho.
Todos olhavam como eu, pasmos!
Mas não importa mais,
O caminho livre já está, livre!
Como livre são as grades que nos aprisionam.
Cansados, perplexos cada qual em seu caminho
Estúpido de suor e sem sentido,
Cheio de leis que nos tiram a vida,
Que nos tira a força de reagir e a capacidade de lutar.
Não quero a revolução morta, dos heróis mortos,
Já velei o meu enterro.
Quero seguir no leito e na força do rio
No meio do povo
Gritando com minha própria voz rouca
A canção das guerrilheiras apaixonadas
Não pensem que acabou
O coral dos jovens, dos velhos, das crianças.
Quero ver minha filha
Ou meu filho nascer antes do pôr do sol
Desfazendo as tranças da noite
Que esses homens fizeram para esconder teus cabelos.
Não me importa a hora, tem de ser agora!
Violentemos as raízes dos sonhos que estão no travesseiro
Não dá mais para segurar o dia terminar
Porque a vida não para de fazer a história pulsar
dentro de nós”.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

“Talmak” foi uma ideia de livro-revista em HQ, 2002 - Ronnie Martims e Eduardo Sampaio


14ª publicação da Folha Cultural Pataxó – Editado e diagramado em 2002 pela Folha Cultural Pataxó, “Talmak” foi uma ideia de livro-revista idealizada porRonnie Martims e Eduardo Sampaio. 

Neste livro/revista em quadrinho, a história ficcional de Talmak, um personagem que vai atravessar a narrativa de seus autores, assim como produzir movimentação no grupo Grupo Oitava Arte, onde mais outros seis jovens desenhistas e caricaturistas integravam. 

O livro contava com 32 páginas ilustradas, com papel de gramatura 80 por folha e capa colorida de 180 de gramatura. 

Editado, no Word98, foi reproduzido em uma impressora jato de tinta, da marca Xérox, de cartuchos separados onde era possível recarregá-los manualmente com uma seringa descartável de 3 ml. 

A revista foi montada com Fabiano Soares da Silva, juntamente com seus autores. Diagramação e editoração eletrônica, impressão e montagem/encadernação: Folha Cultural Pataxó; Desenhos de Ronnie Martins, elaboração da capa e editorial de Eduardo Sampaio Barboza; teve, também, a colaboração de Maurílio Jr. e apoio cultural do Centro Cultural de Integração Popular (Cecip). 

Em uma pequena apresentação Eduardo Sampaio Barboza dizia que a proposta do trabalho era:

“Tirar o leitor do lugar comum, imposto pelas grandes Editoras e levá-lo por outras paisagens, mostrar novas possibilidades. Acreditamos que, nem toda história, para ser interessante, precisa necessariamente ter um herói, um vilão, uma mocinha para salvar e muito menos um final feliz. E de que, um roteiro absurdamente complexo, não torna uma história legal.”

domingo, 16 de setembro de 2018

"O Pão e a Fome", 2002 - Coletânea Poética de poetas de Belford Roxo.


13ª publicação da Folha Cultural Pataxó – No ano de 2002, a Folha Cultural Pataxó publica a coletânea poética intitulada "O Pão e a Fome". O livro foi idealizado a partir da proposta do tema da miséria e pobreza. 

Assumia com o grupo Gambiarra Profana, o debate sobre essa questão social. Neste livro que se torna palco do encontro de Adão Nascimento Amorim,Fabiano Soares da Silva, Jonas Fagundes, Rosilene Jorge Ramos e Sergio Salles Oigers.

Apontava em sua apresentação os dados da Fundação Getúlio Vargas em que 53 milhões de brasileiros/as passavam fome, tendo em vista às políticas articuladas ao interesses internacionais. 

Neste livro, encontra-se poemas, um conto, uma pequena biografia de cada autor e algumas ilustrações retiradas de um programa que vinha de brinde na Revista CDROM comprada no calçadão de Nova Iguaçu.

A poesia sem título abaixo integra a coletânea poética e é de Rosilene Jorge dos Ramos: 

“O menino pede pão
e recebe um não…
O menino pede água
e escuta: ___ Passa!
O menino chora
e lhe enxotam rua afora
O menino vai andando desnorteado
E PÁ! É atropelado
Não há mais fome…
Não há mais sede…
E alguns espectadores dizem:
___ Ele partiu para um mundo melhor que este.
?”.

sábado, 15 de setembro de 2018

"Pedras, Poesias",2001 - Fabiano Soares da Silva

12ª publicação da Folha Cultural Pataxó – "Pedras, Poesias" de Fabiano Soares da Silva de 2001 – Livro publicado a partir de alguns poemas escrito entre 1997 a 2000, que ficaram perdidos entre rascunhos, além de alguns poemas escritos na primeira metade do ano de 2001. 

Em suas primeiras páginas o autor pergunta: “O que fiz de meus dias?”. Em seguida responde, em uma tentativa de justificar o título de seu livro: “Pedras... poesias”. 

Nesse pequeno livro encontram 22 (vinte e dois) poemas, cinco poemas sem títulos, o poema Instrumental, musicado por Sergio Salles Oigers, o poema Verão Carioca que fazia alusão ao vazamento de mais de 1,2 milhões de livros óleo de na Baía de Guanabara, em janeiro de 2000. 

O livro traz uma dedicatória, uma apresentação deRosilene Jorge Ramos, um posfácio e um registro do autor na Casa de Cultura de Nova Iguaçu, com algumas referências de publicações anteriores. 

Abaixo, um pouco do poema musicado:

“O que tinha a ti dizer
Palavras secretas
Portas abertas
Amanhecer.

A música instrumental
Teu riso colorido
Jardins floridos
O que é vital.

Amanhecer
Portas abertas
Palavras secretas
Feitas para você.

O que é vital
Jardins floridos
Coloridos risos teus
Música instrumental”.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

"O Pescador nº 2", 2000 - Adão Nascimento Amorim


11ª publicação da Folha Cultural Pataxó – No mesmo ano de 2000, Adão Nascimento Amorim, lançou o segundo livro de poema, chamado "O Pescador nº 2". 

Poeta, pintor de letra e morador de Belford Roxo. Reuniu seus poemas seguindo a mesma linha da concepção do primeiro livro. Resultando na seleção de 45 (quarenta e cinco) poemas, uma apresentação em forma de poema, folha de rosto com o título do livro e fotografia de seu perfil. Também havia na contracapa uma apresentação do autor. 

A edição desse livro se perdeu no acervo da Folha Cultural Pataxó e Gambiarra Profana, restando apenas a versão do miolo do livro em formato digital. 

Revisado por @Rosilene Jorge dos Rosilene Jorge Ramos, o livro foi editado junto com o autor. Diagramação e montagem feita por @FabianoFabiano Soares da Silva. Ao resgatar a versão digital, procurou-se manter a forma da original, no entanto, a capa foi refeita a partir de registros antigos. 

Em sua apresentação, dizia Adão Nascimento Amorim:

“Não consigo ser artista 
Embora pinto em tela. 
Sou é, egocêntrico e altruísta 
E jamais fiquei na janela. 

Não sei se o que faço é poesia 
Ajuntando palavras bonitas 
Às vezes penso ser heresia 
Botar pra fora o que o peito grita. 

Não fui pedreiro ou pintor 
Com os conhecimentos na mente. 
Ator, diretor ou professor 
Nunca fui passado na lente. 

Amigos tenho bastante, 
Ignorantes e inteligentes. 
Construo a paz constante 
E nunca fui negligente”.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

"O Quê da Poesia", 2000 - Fabiano Soares da Silva


10ª publicação da Folha Cultural Pataxó – "O Quê da Poesia" foi uma coletânea de poemas de Fabiano Soares da Silva publicada em 2000. 


É um pequeno livro com 16 (dezesseis) poemas, uma apresentação e um pequeno texto sobre a poesia. 



Do seu livro encontra-se o poema "Confesso-te":

“Se eu tivesse
Todos os jardins do mundo
Daria rosas
Para todas as mulheres,
Mas não tenho.
Se eu tivesse
Todas as fábricas de chocolates
Do mundo capitalista
Também daria bombons
Para todas as mulheres
Sem me preocupar com o lucro.
Até se eu tivesse
Um amor tão grande
Daria para todas
Mas não tenho,
O que tenho
Muito pouco,
Mal dá para minha amada”.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

"O Pescador", 2000 - Adão Nascimento Amorim


9ª publicação da Folha Cultural Pataxó – "O Pescador" é um livro de Adão Nascimento Amorim publicado em 2000, pintor de letras, espirituoso, poeta e morador de Santa Rita, Belford Roxo. Reuniu seus poemas como resultado de percepção e de sensibilidade com os acontecimentos da vida e a intensidade da fé. 

Revisado por Rosilene Jorge Ramos, editado junto com o autor, o livro foi diagramado e montado porFabiano Soares da Silva. Registra-se uma apresentação do livro na contracapa e um total de 45 (quarenta e cinco) poemas entre eles está o poema "Coragem":

“Fala agora tudo, ou então se cala
por um momento, não tanto ou para sempre
fala de coisas simples, nunca o que te abala
de fogão de lenha, panela e trempe.

Tira dos olhos o grito
e deixas explodir a coragem
no ponto fixo, que fito
seja real, não imagem.

Grita comigo e dê nome
a todas as verdades que sentes
num sentimento sem nome
tenha coragem, não mente”.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

"Os Covardes Também Cantam Canções de Amor", 2000 – Sergio Salles Oigers


8ª publicação da Folha Cultural Pataxó - "Os Covardes Também Cantam Canções de Amor" – Esse é o livro de Sergio Salles Oigers publicado erm 2000. 


O livro é o registro de poemas, canções, contos e ilustrações. O livro é um esforço do autor em estabelecer interações com as diversas pessoas com diálogo, seus pares e laços afetivos construídos nos diversos caminhos que entrecruzam o bairro de Nova Aurora ( Belford Roxo )

Encontra-se neste livro: Capa que mantém o registro de uma fotografia de 1970, no sanatório de Itaperuna (acervo particular), de Brasilina, sua vó, Alaídes, sua mãe e José, seu pai; na contracapa fotografia recolhida gratuitamente e trabalhada artesanalmente pelo autor no mesmo ano da edição do livro. 

Alguns poemas contam com a coautoria de Luciél DenMonors Lítan (Edalmo Bernardo), Agnaldo Estrela (Agnaldo DA Silva Ramos), Cristiano Lávisfer, Marcelo Muniz Machado, ProfessorArlington Alves. E as ilustrações e desenhos são de Zezinho Figueiredo (José Carvalho de Figueirêdo).

Contou também com a revisão de Rosilene Jorge Ramos, editoração, diagramação e montagem de Fabiano Soares da Silva, assim como a apresentação da obra. 

Nesse livro foi publicada pela primeira vez a canção "Santo Cosme e São Damião":

“Apagaram-se as luzes
dos faróis lá do céu;
não temos mais a mesma força de antes
pra levantar a colher de comida até a boca,
pra desviar do trem que vem em nossa direção,
para acender o cigarro
e botar o gato pra fora.
Não temos mais, as tatuagens que o tempo desbotou
e nem as lágrimas confundidas com gotas de chuva;
não temos mais pêlos espalhados pela palma da mão,
não temos seguro de vida,
vida
ou ilusão;
e nem casa própria
com um cachorro bassê no quintal;
e nem um sorriso de bom dia à noite,
na hora de dormir”.

Gambiarra Profana & Folha Cultural Pataxó.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

"Haverá Sempre Você...", 2000 - Alfredo Alencar Aranha.


7ª publicação da Folha Cultural Pataxó – "Haverá Sempre Você..." é uma publicação de poemas de Alfredo Alencar Aranha. Editou sua segunda edição em 2000 mantendo a formatação anterior. Feito em brochura, folhas dobradas, costuradas e coladas. Editoração, diagramação e montagem de Fabiano Soares da Silva. Encontra-se nesse livro o poema "Ausência":

“ Vi
Conheci,... falei... amei,
Vivi.
Revi.
Passou, sumiu, segui.
Senti.
Sofri.
Acabou,... morreu, morri!
 — com Fabiano Soares da SilvaGambiarra Profana e Folha Cultural Pataxó.

domingo, 9 de setembro de 2018

"Agridoce", 2000 (2º Edição) - Fabiano Soares da Silva


6ª publicação da Folha Cultural Pataxó – "Agridoce" do poeta Fabiano Soares da Silva, teve uma segunda edição no ano de 2000. Com a montagem de um computador doado por Luís Carlos Jordão, um 586 com upgrade rodando Windows 95 e uma impressora inkjet colorida da Xerox® comprada em uma loja de eletroeletrônico na rua Uruguaiana (centro do Rio de Janeiro), a reedição do livro manteve a idealização do primeiro projeto, mas com a inscrição do grupo Folha Cultural Pataxó, pontuando o protagonismo das publicações que produzia e das atividades que realizadas no intercâmbios com coletivos, poetas e artistas de outros contextos dentro e fora da Baixada Fluminense. A partir desta segunda edição do livro Agridoce teve início uma dinâmica de produção independente diferenciada. Uma vez que tomado posse da técnica de produção, o grupo passa ocupar, também, o mínimo de instrumentos necessário para canalizar a própria produção. É possível dizer que, talvez, apareça a partir dessa edição, uma primeira tentativa de uniformizar a publicação do livro, pelo menos no que diz respeito à gramatura dos papéis utilizados, as cores e o formato, ainda que tal uniformidade estivesse relacionada às recomendações técnicas dos equipamentos, ao custo dos materiais e à possibilidade do trabalho realizado. É nesse viés que esta edição do Agridoce ganha centralidade. Conta nessa edição com um Índice, demais elemento contidos na primeira edição e uma inscrição na contracapa, onde se lia:

“Sejamos um
enquanto
fazemos da 
vida a
melhor coisa
do mundo” F.S.S.

Gambiarra Profana e Folha Cultural Pataxó.

sábado, 8 de setembro de 2018

"Agridoce", 1999 - Fabiano Soares da Silva



5ª publicação da Folha Cultural Pataxó – "Agridoce" foi o nome do livro de poema de Fabiano Soares da Silva publicado em 1999. A edição foi digitalizada e diagramada pelo autor e por Marcos Aleixo, um amigo que fazia edições de vídeo e imagem para festividades na região de Belford Roxo. Teve sua matriz feita em uma impressora matricial, em Xavantes, bairro da periferia da cidade e reproduzida em uma loja de “xérox” no centro de Nova Iguaçu-RJ. Nesta edição encontra-se: apresentação de Antonio Cabral Filho, trinta e sete poemas dividido em três partes, - Ferro e Flor; Sonetos? Talvez; e, Já é Hora, uma pequena biografia sobre o autor, uma errata no final do livro e a logo MGA Multimídia que divulgava o serviço de edição e impressão de Marcos Aleixo. No ano seguinte, teve uma segunda edição redefinindo a dinâmica da cooperação entre poetas, militantes e artistas da periferia. 

É desse livro que encontramos o poema "Verde Continental", publicado em outros periódicos:

“Foram nossos frutos
Arrancados,
Nossos galhos
Cortados e quebrados
Nossos troncos queimados
Contudo nossas raízes
Ainda vivem”.


Gambiarra Profana e Folha Cultural Pataxó.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

"Fonte da Rosa", 1997 - Fabiano Soares da Silva


4ª publicação da Folha Cultural Pataxó "Fonte da Rosa" de Fabiano Soares da Silva publicado em 1997. – Foi o livro que seguiu os passos de digitação clandestina no intervalo de turmas do curso de MSDOS, onde o jovem professor de informática, Wilson, solidarizava permitindo a utilização do equipamento. O livro conta o registro de treze poemas, algumas ilustrações do autor, pequena biografia e uma apresentação escrita em uma máquina de escrever elétrica. 

Neste livro encontra-se registrado o poema "Feira de Areia Branca":

“Venderam , venderam aqui
O ouro alaranjado da minha tarde,
Venderam o ouro da tarde,
Venderam também o ouro que radia a tarde.
Aliás impropriamente venderam o homem e a terra .
A longínqua marcha vem fecundando seus filhos,
E essa é a esperança. – Parem tudo!
- O martírio abrandou-se como a noite abranda o dia.
Três crianças se desfizeram no ar
E qualquer notícia crucifica o desespero invulnerário.
Corações da terra palpitam por liberdade
Em três corpos extra-territoriais.
Xô, xuá... mudar! Mudar o mundo mudado!
Assim como os pássaros
Mudam de ninho.
¿Y los niños? O que irão mudar?
Mas é o hoje que se faz o amanhã.
Vamos lá, vamos todos para a praça
Vamos para a feira da manhã
Vê se a xepa ainda é o prato típico do Brazil.”

Gambiarra Profana & Folha Cultural Pataxó

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

"Poema, pequeno!", 1996 - Fabiano Soares da Silva


3ª publicação da Folha Cultural Pataxó "Poema, pequeno!" de Fabiano Soares da Silva - Pequeno livro de poema, publicado em 1996, sem apresentação e com reunião de treze poemas prematuros com algumas ilustrações desproporcionais feitas pelo autor. O livro digitado entre as aulas de um curso de Wordstar em Nova Iguaçu, impresso em uma loja (copiadora) próximo à rua Quintino Bocaiuva e editado com transfer de letras vendido na papelaria Casa Cruz. 


Nesse livro encontra-se o poema "Por você":

“Faltou o leite da criança
E a jovem-filha
Com sua jovem-mãe
Veem o jovem-pai que sai
Na velha-vida
Condução, passagem,
Calote...
A esperança foi a primeira
Era uma passageira
Esperando seu dia chegar”

Gambiarra Profana e Folha Cultural Pataxó.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

"Et Cœtera, poesias", 1996 - Fabiano Soares da Silva


2ª publicação da Folha Cultural Pataxó "Et Cœtera, poesias" – Pequeno livro publicado em 1996, deFabiano Soares da Silva conta com a presença de onze poemas e uma pequena apresentação em forma de poema.

O livro é uma releitura de um projeto de livro feito todo com colagem de revista e fotografia. Teve na edição e arte a participação de Raimundo Bemvindo Gomes.

Encontra-se nesse livro o poema "Uma etapa da vida I":

“Revolução sexual
Do amor livre,
Rosas que desafiam
Os estigmas do tempo.
Não se ouve palavras,
O que brilham são os olhares.”

terça-feira, 4 de setembro de 2018

“Evento da Vida”, 1995 - Fabiano Soares da Silva

Segunda tiram da publicação, com capa de cor cinza

1ª publicação da Folha Cultural Pataxó “Evento da Vida”, do ano de 1995, de Fabiano Soares da Silva. Coletânea de poemas organizada de modo independente, de montagem e de reprodução, com o poeta Antonio Cabral Filho e, suporte de editoração digital com Maurício Campos Dos Santos.

É deste livro o poema "Convívio" declamado até hoje nos saraus em que a Gambiarra Profana participa.

Convívio

A Mãe saca a arma,
Mira, com felicidade eufórica
E atira
Na boca da criança
O leite materno.